segunda-feira, 30 de junho de 2025

GEOGRAFIA GERAL: Energia limpa no ponto mais distante do Brasil


As ilhas de Trindade e Martim Vaz são os pontos mais remotos do território brasileiro.
(FOTO: Reprodução / Globo)

As ilhas de Trindade e Martim Vaz, pertencentes ao Estado do Espírito Santo, receberam 480 placas de energia solar e fotovoltaicas. A instalação dos equipamentos aconteceu a partir de um navio, desde o Rio de Janeiro, percorrendo 1.500 km em 5 dias. 

Este arquipélago é o ponto mais isolado do Brasil, não tem porto (os equipamentos foram colocados através de helicóptero) e o acesso é restrito a pesquisadores que realizam trabalhos associado ao ambiente e estudo de saúde. 

O monitoramento das placas de energia solar em Trindade e Martim Vaz ocorre na Usina de Itaipu, no Paraná: caso ocorra algum problema, as falhas são corridas no próprio sistema energético, que se localiza na fronteira com o Paraguai.  

Portanto, este local diferenciado do país passa a ter uma usina solar própria, que gera energia, através da ocorrência forte de raios solares, gerando energia. 


domingo, 29 de junho de 2025

GEOGRAFIA POLÍTICA: Evolução territorial brasileira (1872-1991)

 


1872


1900


1920

1940




1960


1980


1991 (atual)

LISTA DE MARCOS DA FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

1872 O Acre ainda não pertencia ao Brasil. Os atuais estados eram as então províncias e a população se dividia entre livres e escravos. A capital de Minas Geraes era Ouro Preto. Os limites do município de Villa Franca no Pará não foram identificados, apenas sua sede.

1900 A capital do estado de Minas Geraes foi para Bello Horizonte e a do Rio de Janeiro para Petrópolis. Os limites do município de Jatahy em São Paulo não foram identificados, apenas sua sede.

1911 O Acre foi incorporado ao Brasil passando a compor o primeiro território federal e não teve capital até 1920. Não houve censo em 1910, assim a malha municipal de 1911 foi obtida na Divisão Administrativa do Brasil desse ano. A capital do estado do Rio de Janeiro retornou a Nictheroy. Os limites do município de Jatahy em São Paulo não foram identificados, apenas sua sede.

1920 O estado de Santa Catharina tomou sua forma atual. Os limites do município de Jatahy em São Paulo não foram identificados, apenas sua sede. 

1933 Não houve censo em 1930, assim a malha municipal de 1933 foi obtida na Divisão Administrativa do Brasil desse ano. Até aquela época a capital do estado de Goyaz era a cidade de Goyaz. 

1940 Primeiro censo realizado pelo IBGE quando a população passou a ser legalmente dividida entre urbana e rural. Surgiram os litígios entre Minas Gerais e Espírito Santo e entre Piauí e Ceará. A capital do estado de Goiás foi transferida para Goiânia.

1950 Em 1943 foram criados os territórios federais de Guaporé, Rio Branco, Amapá, Fernando de Noronha, Iguassú e Ponta Porã, os dois últimos foram extintos pela Constituição Federal de 1946 por isso não aparecem nesses mapas elaborados apenas para anos de censos demográficos. Parte do litígio entre Minas Gerais e Espírito Santo foi solucionada. 

1960 A capital do país foi transferida para Brasília e o antigo distrito federal transformado em estado da Guanabara. O território federal de Guaporé passou a ser denominado Rondônia e o de Rio Branco passou a Roraima. Outra parte do litígio entre Minas Gerais e Espírito Santo foi solucionada. 

1970 O país passou a ter mar territorial legalmente estabelecido. O antigo território federal do Acre foi elevado à categoria de estado. O litígio entre Minas Gerais e Espírito Santo foi inteiramente solucionado. 

1980 O estado da Guanabara sofreu fusão com o antigo estado do Rio de Janeiro e o antigo estado do Mato Grosso foi dividido em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

1991 Rondônia foi elevado à categoria de estado em 1982. Pela Constituição Federal de 1988, o antigo estado de Goiás foi dividido para formar os estados de Goiás e Tocantins. Os territórios de Roraima e Amapá foram elevados a estado e Fernando de Noronha passou a ser território estadual de Pernambuco. 

2000 Os limites marinhos passaram a ser compostos por: Mar Territorial com 12 milhas, Zona Contígua com 24 milhas e Zona Econômica Exclusiva com 200 milhas náuticas. 

2010 A linha divisória entre os estados do Acre e Amazonas foi alterada.

FONTE DAS INFORMAÇÕES: IBGE

Mapas produzidos pelo Autor do Blog, com base cartográfica do IBGE (2024), em 29 jun. 2025.



sábado, 28 de junho de 2025

GEOGRAFIA GERAL: Os fusos horários do Brasil

Oficialmente, o Brasil tem quatro fusos horários, baseados no Tempo Universal Coordenado (sigla em inglês, UTC), distante a partir do Observatório de Greenwich, em Londres, Reino Unido, a saber:

UTC-02:00 - Ilhas oceânicas (Fernando de Noronha, Trindade e Martim Vaz, Atol das Rocas, Penedos de São Pedro e São Paulo).

UTC-03:00 (Horário de Brasília): Amapá, Pará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal (Brasília), Regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

UTC-04:00: Roraima, maior parte do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

UTC-05:00 Acre e parte do Amazonas.


ATUALIDADES: Censo 2022 revela novos padrões na taxa de fecundidade no Brasil

Imagem de Internet (meramente ilustrativa)

Segundo pesquisa, integrante do Censo Demográfico 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (27), mostra que o número de filhos por mulher é o menor em 62 anos. Nos anos 1960, a taxa de fecundidade (número médio de filhos por mulher) era de 6,28; em 2022, é apenas de 1,55 filhos por mulher. 

As causas para a diminuição das famílias brasileiras estão baseadas ao aumento da escolaridade, inserção no mercado de trabalho e maior uso de métodos contraceptivos. O fator custo de vida também impacta a decisão de as famílias terem filhos, por conta dos gastos que as áreas urbanas demandam sobre as famílias. 

As mulheres estão com média de nascimento de seus filhos aos 28 anos de idade (em 2000, era de 26 anos). É uma tendência cada vez maior. Todas as regiões brasileiras passaram pelo processo de redução da taxa de natalidade. A Região Sudeste, por exemplo, apresentou 1,41 filho por mulher; a Região Norte, por sua vez, apresentou 1,89 filho por mulher (maior taxa entre as regiões). 

Outro dado divulgado pela pesquisa diz que, em média, as mulheres com ensino superior tem filhos aos 30 anos (com ensino fundamental completo ou sem instrução, aos 26 anos).

Apenas a título de curiosidade, em 1940, a taxa de fecundidade no Brasil era de 6,16 filhos por mulher. Em 1980, 4,35; em 1991, caiu para 2,89; no ano 2000, 2,38 filhos por mulher; e, no Censo 2010, 1,55 filhos por mulher.

GEOGRAFIA CULTURAL: Países do mundo que tem a Língua Portuguesa como idioma oficial

DADOS E ESTATÍSTICAS: Cidades brasileiras mais visitadas por turistas do exterior


Dados para fins didáticos e informativos (2019 – Governo Federal):

Rio de Janeiro/RJ (foto) = 32%
Florianópolis/SC = 17%
Foz do Iguaçu/PR = 16%
São Paulo/SP = 9%
Armação dos Búzios/RJ = 7,5%
Salvador/BA = 5,2%
Bombinhas/SC = 4,8 %
Angra dos Reis/RJ = 3,8%
Balneário Camboriú/SC = 3,5%
Parati/RJ = 2,5%


GEOGRAFIA POLÍTICA: As fronteiras do Brasil


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 588 municípios em todo o território nacional que fazem fronteiras com o Exterior, na chamada Faixa de Fronteira, que corresponde a 1,4 milhões de km² (16,7% da superfície).

A Faixa de Fronteira, segundo a Constituição de 1988, é de até 150 km, e é considerada fundamental para defesa do território nacional, sendo que sua ocupação e utilização são reguladas em lei. A Região Norte corresponde a cerca de dois terços de toda a extensão fronteiriça nacional. E o Sul é a região com maior quantidade de municípios na faixa de fronteira (418), sendo 196 no RS, 139 no PR e 83 em SC. Vale destacar também o perímetro da costa brasileira, que com quase 11 mil quilômetros de litoral, 279 municípios brasileiros estão banhados pelo mar (incluindo a Laguna dos Patos, no RS), correspondendo a 2,9% do território (251.300 km²).

O Brasil faz fronteiras com dez países sul-americanos, além do Território Ultramarino da Guiana Francesa:

A extensão do Brasil é, aproximadamente, entre a longitude 10°S e 55°O. O território brasileiro tem 16.145 km de fronteiras, com dez países (apenas não fazem fronteira com o Brasil, Chile e Equador), a saber:

Argentina: 1.263 km

A fronteira da Argentina começa em Puerto Iguazú, na junção com o Paraguai e o Brasil (Marco das Três Fronteiras e Foz do Rio Iguaçu, a chamada “Tríplice Fronteira”), dividindo com o Brasil as famosas e belas Cataratas do Iguaçu, um dos mais belos pontos turístico do mundo. Depois, estende-se por Paraná e faz uma fronteira curiosa, da cidade de Bernardo de Irigoien (Província de Misiones) com Barracão (PR) e Dionísio Cerqueira (SC), onde em alguns momentos, os motoristas ficam confusos e em dúvida sobre onde em que lugar estão. Após uma pequena divisa de terra, volta a fazer fronteira fluvial com Santa Catarina no Rio Peperi-Guaçú, até à sua confluência com o Rio Uruguai (em Itapiranga/SC e Derrubadas/RS). A partir daí, são mais de 700 km de fronteira natural e fluvial com o Rio Grande do Sul, passando por Santo Thomé (Misiones) e Paso de Los Libres (Provincia de Corrientes). Ao receber as águas do Rio Quaraí, junto com a Ilha Brasileira, forma-se o ponto final da fronteira com o Brasil e o Rio Uruguai segue seu percurso (fronteira entre o Uruguai e a Argentina), com a foz no Estuário do Prata, próximo a Colonia Del Sacramento e Buenos Aires.

Paso de Los Libres é uma das cidades de maior intercâmbio fronteiriço com o sul do Brasil; tem acesso à cidade gaúcha de Uruguaiana, através da Ponte Internacional Getúlio Vargas-Agustín Pedro Justo. A ponte entre São Borja e Santo Thomé também é outro importante acesso entre os dois países.

Puerto Iguazú tem menos movimento do que outras cidades fronteiriças, mas apresenta empreendimentos turísticos em razão do lado argentino das Cataratas do Iguaçú, como hotéis de luxo.

Bolívia: 3.403 km

Maior fronteira do Brasil com um país do exterior e sul-americano, sua faixa estende-se do Acre até Mato Grosso do Sul. A cidade de Cobija (Departamento de Pando) faz fronteira com Brasileia, no Acre. A fronteira boliviana também percorre os estados brasileiros de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, culminando no município de Corumbá, no Pantanal, junto com Puerto Suárez (Departamento de Santa Cruz).

Colômbia: 1.790 km

Começa na região da “Cabeça de Cachorro” – Município de São Gabriel da Cachoeira (AM) –, na região do Pico da Neblina, o ponto mais elevado do Brasil, com 2.995 m. aproximadamente. Percorre a região amazônica com poucas cidades (Letícia, Departamento de Amazonas, está no extremo sul colombiano e faz uma pequena fronteira com o Peru e com a cidade brasileira de Tabatinga (AM), formando uma Tríplice Fronteira Amazônica).

Guiana Francesa (França): 649 km

Curiosamente, o Brasil é a maior fronteira da França no mundo, pois a Guiana Francesa é um território ultramarino com o mesmo status de território francês oficial, separado apenas pelo oceano. A principal cidade brasileira de fronteira com a Guiana Francesa é Oiapoque (AP), com Saint Georges de Oiapoque.

Guiana: 1.308 km

Good Hope e Lethem são as cidades que fazem fronteira com o Brasil (Normandia e Bomfim, em Roraima) e são próximas a Boa Vista, capital do Estado mais ao norte do Brasil. Há um conflito territorial entre Guiana e Venezuela que poderia alterar a fronteira do país.

Paraguai: 1.371 km

Uma das fronteiras mais movimentadas da América do Sul, a Fronteira Brasileira com o Paraguai começou a receber grande movimentação comercial com a Cidade Del Este (Departamento de Alto Parana), além do surgimento de cidades vizinhas a partir dos anos 1980; Presidente Franco e Hernandarias também estão na região de fronteira com Foz do Iguaçu (PR).

O Mato Grosso do Sul também faz fronteira com o Paraguai, nas cidades gêmeas de Ponta Porã (MS) com Pedro Juan Caballero (Departamento de Amambay), Porto Mutinho, Amambaí e Japorã também estão na zona da fronteira sul-mato-grossense.

Peru: 2.659 km

Possui duas tríplices fronteiras com o Brasil: com Bolívia (Cobija e Assis Brasil, no Acre) e Colômbia (Letícia e uma pequena porção de terra juntamente com Benjamin Constant (AM). Sua faixa com o Acre estende-se ao longo da Serra da Contamana (ponto mais ocidental do Brasil) e depois com o Amazonas (rios Jaquirana e Javari), até desembocar em Benjamin Constant.

Suriname: 515 km

Não há praticamente centros urbanizados na fronteira brasileira com o Suriname, que abriga a floresta amazônica na sua maior parte. Faz Fronteira com 53 km do Amapá e os demais com o Pará.

Uruguai: 1.003 km

Sua fronteira é totalmente com o Rio Grande do Sul, de Barra do Quaraí à Barra do Chuí. Os rios Quaraí e Jaguarão, além do Arroio Chuí. As regiões de fronteira direta dos dois países são: no Brasil, Barra do Quaraí. Uruguaiana, Quaraí, Santana do Livramento, Dom Pedrito, Bagé, Aceguá, Pedras Altas, Herval, Jaguarão, Chuí e Santa Vitória do Palmar; no Uruguai, Bella Unión, Artigas, Rivera, Vichadero, Acegua, Rio Branco, Chuy – departamentos de Artigas, Rivera, Cerro Largo, Treinta Y Tres e Rocha. Também, ao Uruguai pertence parte da Lagoa Mirim (denominada localmente de Laguna Merin).

Venezuela: 2.137 km

Fronteira com faixa que corta a região do Maciço das Guianas. A cidade de Santa Elena de Uairén (Bolivar) situa-se a 15 km da fronteira com o Brasil, em Paracaíma (Roraima). Nos últimos anos, por conta das instabilidades sociais e políticas na Venezuela, muitos cidadãos buscam refúgio, cruzando a fronteira brasileira.


Santana do Livramento/RS, próximo à fronteira com o Uruguai = Foto de Murilo Góes